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PORQUE FALAR COM ELES...

Historicamente os homens têm grande dificuldade em falar de si mesmo, expressar seus sentimentos e compartilhar sua intimidade. A observação do cotidiano masculino e muitos estudos demonstram que este é um dos sintomas da cultura machista e patriarcal na qual estamos inseridos e que provém de uma construção social complexa.

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A atitude de fechamento e ocultação das fragilidades - em permanente demonstração de força e poder -, é resultado de práticas educativas que começam na família e passam por outros grupos e coletivos ao longo da vida. Portanto, a revisão dessa conduta de masculinidade e a problematização dos modelos socialmente impostos demandam um esforço coletivo que permita a construção de novas referências.

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Quando Simone Beauvoir afirmou que “a mulher não nasce mulher, mas torna-se mulher” chamava a atenção do mundo para o fato inevitável da educação sexista e compulsória a que homens e mulheres estão submetidos. A ideia deste feminino em construção é aplicável na mesma intensidade ao masculino: o homem não nasce homem, mas torna-se homem. O processo de socialização que prepara meninos e meninas para a convivência social incorpora as normas da cultura em que estão inseridos. Esta normatização da convivência atinge as várias dimensões da vida e promove determinado projeto de masculinidade  que sufoca e penaliza outros jeitos de viver a condição masculina que fogem da pauta de uma masculinidade hegemônica.

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