"Masculinidades e Violência do Estado:
os homens vão para o combate."
As guerras estão presentes na história da humanidade e os relatos de conflitos entre os povos já aparecem nas narrativas bíblicas. As consequências de uma guerra são múltiplas e alcançam as populações como um todo naqueles territórios onde acontecem os conflitos. Para além das fronteiras de povos em conflito as guerras afetam também a vida em outros países, gerando diásporas e um enorme contingente de refugiados que se submetem a condições degradantes de sobrevivência.
Mas, não há dúvida de que são os homens que avançam para o combate. Recentemente, alguns países incluíram as mulheres no serviço militar para além dos bastidores e elas passaram para a linha de frente combatendo ao lado dos homens. Outro fato a se considerar é que ao longo da história tivemos curtos períodos de paz. Neste momento além do confronto na Ucrânia ocorrem outros 15 conflitos pelo mundo afora. Não podemos esquecer também as guerras silenciosas que atravessam a vida de tantas comunidades nos morros e nas periferias.
Recentemente os homens brasileiros receberam destaque na mídia por sua participação vergonhosa na guerra da Ucrânia. Há um discurso e uma expectativa de que todo homem deve se tornar um herói; tem que ser um guerreiro. É, portanto, oportuno e necessário se perguntar sobre a relação que existe entre a guerra e as masculinidades:
Por que os homens vão para a guerra?
Quais homens abraçam essa tarefa?
Você atenderia a uma convocação do Estado para enfrentar uma guerra?
Até que ponto essa lógica do guerreiro está introjetada nas práticas educativas que produzem as masculinidades?
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